segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Sorteio no Cola e Papel: Em comemoração a minha voltas às aulas!!!"

Pessoal
No Blog Cola e Papel da  Andrea Santos tem um sorteio muito legal.
Cliquem aqui e saibam mais.

Os premios são:
01 Cartridge LoveStruck
10 pápeis sortidos para Scrapbook
05 cartelas de adesivos Jolee´s
01 pack de flores, marca Prima
01 faca Cuttlebug Flip Flop
01 Silk flowers
01 Pack Flower Xiron
O sorteio será no dia 15 de outubro, prazo para as inscrições até dia 14.
Participem!!

sábado, 25 de setembro de 2010

Chá de panela e Bar



Estas foram as lembrancinhas que fiz para o meu chá de Panela.
Toalhinhas com decoupage.
Todo mundo adorou!

Sorteio!!!














Vc quer ganhar um adesivo??? super novidade. Click aqui e boa sorte!!!

Sorteio!!!!

















Olha que kit maravilhoso está sendo sorteado no blog da Mari, gostou passa lá e participe também!!!

Meus Novos Moradores!!!















Esses dois gatinhos encontrei no ponto final do meu ônibus, próximo da casa da minha mãe.
O motorista estava falando que eles iam virar pizza logo, logo... olha só que maldade...
Daí eu não aguentei... Liguei para minha mãe que mora perto do ponto e pedi para ela resgatar os dois filhotinhos.
Fiquei imaginando o que o meu marido ia falar, pois já temos dois cachorros, mas eu fiquei com muita pena deles.
Minha mãe veio e os levou para casa. Daí fui para a escola e na volta eu passei pela casa dela e peguei os dois bichinhos. Estavam famintos.
O bom foi que meu marido adorou... Então hoje já faz um mês que temos Sprite e Sukita nos divertindo em casa.
Adoro meus bichinhos!!!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Chegou a PRIMAVERA!!!!

Primavera

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

Cecília Meireles